Missão Onça – Em qual tentativa eu tava mesmo?

Hoje foi meu dia de folga e, depois de muito tereré e dessa foto fofa aí em cima que eu tirei na frente da cozinha..claro..como a Lady Murphy sempre comparece nos melhores momentos: CHOVEU. Hahaha..

E eu estava com medo do meu único super compromisso do dia, que era as 15h fosse cancelado em função da chuva, mas ainda bem que não foi..

Fomos de novo atrás da onça!

Tudo começou aqui na fazenda ainda, tirando um ponto por aqui e nada.. (vocês ainda lembram o que é tirar ponto, né? – Se não, é ligar uma antena que apita quando ela está perto).

O Fernando resolveu ir direto à fazenda do Paul, onde a gente tinha achado ela da outra vez..

Chegando lá, tiramos um ponto e ahá! Lá estava ela. E muito, mas muito, mas muito perto de onde a gente tava..

Descemos do carro e ficamos procurando ela de binóculo na baia, pois à nossa direita tinha uma baia e à esquerda uma mata de uns 800 metros (pequena)..depois de não achar percebemos que o colar apitava mais quando a gente apontava ele pra mata..

Ficamos parados na estrada meio que tentando decidir o que a gente ia fazer..quando o Fernando me avisa que tinha uma trilha que cortava a mata no meio.

Ahhhh..por que eu fui saber disso? Queria entrar na trilha pra tentar vê-la de pertinho, mas é claro que ela ia nos ver antes e fugir, ou correr o risco dela estar no cio, estar com um macho e a gente acabar se expondo a toa..

Então, fomos avisar um dos moços que trabalha lá na fazenda, que pega o trilheiro sempre pra ele ficar esperto que ela estava por ali..

Aí ele fala: Conheço tudo lá, vamos que eu levo vocês numa campina que tem dentro da mata! Certeza que ela está lá..

Ahhhh..entrei na trilha com o coração a mil..Tum Tum Tum Tum..quando chegamos na campina, o bip do rádio começou a apitar muito forte! Muito mesmo..

Isso significava que ela estava cada vez mais perto..

Aí a gente começa a olhar pra cima e uns 50 metros de onde a gente tava tinha uma Embaúba cheia de urubus..urubu significa uma coisa..CARNIÇA. Logo..tentar ver a onça, no meio da trilha, do meio do mato, com um filhote e uma caça não era a idéia mais inteligente no momento..os animais quando estão comendo não costumam ser muito receptivos..

Então resolvemos dar a volta na mata, voltar pra estrada,  e tentar esperar ela cruzar a estrada pra ir beber água na baia! Ficamos muito perto de onde ela estava, pois conseguíamos ver a embaúba a uns 100 metros de nós..e os animais tem o costume de ir beber água nas baias..

No caso da onça, ela costuma ir no entardecer..então, esperamos o dia começar a cair sentadinhos lá na Toyota..ficamos lá das 18h até..

..as 21h! E nada dela cruzar..!

Ou seja, toda a aventura e não conseguimos ver..é mesmo muito difícil! Espero que um dia eu consiga!

Mas mesmo assim valeu a pena! E também..ver de primeira assim, ia até perder a graça..(MENTIRA!)

Fora que a volta pra fazenda, no escuro, me fez descobrir o cilibrim..que eu nunca tinha escutado falar  e pelo visto é mega comum! Haha..é um foco de luz pra fazer focagem noturna dos bichos! Juro que eu parecia uma criança com brinquedo novo..é muito legal você ir a noite só vendo os olhinhos na mata e ir tentando descobrir que bicho é! Adorei! Vimos veados, queixadas, corujas e muito jacarés! E os olhinhos reflete de cor diferente..tipo veado reflete azul, jacaré e queixada é vermelho..muito massa!

E também descobri uma coisa..haha! Lembram que ontem eu contei que o Chiquinho chamava Chiquinho mas era uma gata fêmea? Hahaha..é mentira. Descobri hoje que essa história é de uma outra gata que tinha aqui, chamada Michele que na verdade era GATO! Haha..o Chiquinho é macho mesmo e só foi injustiçado! Hahaha..

Bom! Depois de escrever essa novela, preciso dormir que já são 22h20 e amanhã levanto as 5h!

 Super beijo!